segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Identificação do Grupo
Nome: Douglas Luis Reder, Luciano Batistela, Robledo Leonildo Zuffo
Polo: Serafina Corrêa
Data: 28 de outubro de 2013

         Estivemos visitando a Escola Estadual de Ensino Médio Ricardo Francisco Gasparin,  a Escola Estadual de Ensino Fundamental Alexandre Ferreira e a Escola de Educação Municipal Infantil Dozolina Zini Pasqualotto da cidade de União da Serra, das três escolas apenas na Escola Ricardo Francisco Gasparin encontramos a inclusão de alunos surdos, nas demais escolas não tem alunos surdos e no município não existe outras instituições que prestam atendimento a alunos surdos, os mesmos devem procurar atendimento em cidades vizinhas.
         À referida escola tem apenas um aluno surdo, e o mesmo encontra-se no sétimo ano do Ensino Fundamental, sendo ele totalmente surdo, o aluno durante o primeiro ao quinto ano contou com a ajuda da professora regente que tinha curso de Libras, mas não era interprete, no sexto ano o aluno não contou com nenhum profissional para ajudá-lo, inclusive a direção da escola necessitou entrar na justiça para garantir o atendimento especial, o aluno tem conhecimento da Língua Brasileira de Sinais, mas conforme relato da profissional que o atende hoje, o aluno tem “vícios” como entender através de gestos e não por Libras, mas ele aprendeu bastante coisa ao longo do Ensino Fundamental com a professora de alfabetização e o mesmo frequentava a APAE da cidade vizinha de Guaporé, uma vez por semana, neste momento ele não se faz mais presente nesta entidade.
A boa notícia é que desde o início deste ano a escola conta com um profissional Tradutor/Intérprete de Língua Brasileira de Sinais, o mesmo foi contrato para atender às 4 horas diárias que o aluno frequenta a escola, alguns professores da escola fizeram curso básico de Libras no ano passado para ajudar no aprendizado e na comunicação com o aluno, mas nem todos conhecem a Língua Brasileira de Sinais e conseguem se comunicar com o aluno.

Após a visita percebemos da importância da inclusão do surdo nas escolas, o maior problema ainda, encontra-se no poder público que apenas garante a matrícula, mas não apoia com equipamentos, profissionais e com ambiente escola adequado, outro problema é encontrar um profissional capacitado para a função, que acompanhe o aluno desde a alfabetização, pois acreditamos que o mesmo foi prejudicado em não ter esse profissional ensinando a Língua Brasileira de Sinais desde o início da vida escolar, a família apoiou e apoia muito a escola, mas por falta de conhecimento não exigiu esse atendimento especializado desde o início da vida escolar, aos conversar com os professores percebemos que muitos ainda não estão preparados para atender alunos surdos, nas outras escolas visitadas encontramos quase que 100% de profissionais que não conhecem a Língua Brasileira de Sinais e se recebessem um alunos com essa necessidade estariam com dificuldades em ajudar na alfabetização e aprendizado dos alunos surdos.

7 comentários:

  1. Olá pessoal, sabemos que as dificuldades em torno da educação no nosso país são muitas, e no que se refere ao atendimento educacional de alunos com deficiência os problemas são ainda maiores. Considero de grande importância a presença do intérprete para trabalhar na sala de aula com o professor de alunos surdos, e acredito que a nossa luta em busca de melhorias ao atendimento as necessidades dos alunos deva sempre avançar.
    Bem espero que a gente possa dar continuidade a exploração dessa temática sobre a inclusão de alunos surdos, e aguardo novos comentários e reflexões de vocês sobre o assunto, abraços.

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  2. Sabe; o que vejo em muitos casos, e não somente nas escolas, é que as pessoas muitas vezes se omitem, e só agem quando realmente a necessidade se apresenta, e dessa forma as dificuldades se tornam maiores. Por isso, é evidente que todos precisam ter a mente aberta, e que saibamos não apenas lidar com as diferenças, mas estarmos preparados, de forma pessoal e profissional e com estrutura e recursos físicos adequados.

    Como exemplo, podemos perceber em nossa cidade que existem enormes dificuldades para pessoas com necessidades especiais, partindo de uma mera rampa de acesso em locais públicos, sinalização especial, etc... até chegarmos a falta de paciência, respeito e pré conceitos da população.

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  3. Robledo Zuffo

    O ideal de inclusão defendido pelas leis atuais prevê que todas as crianças frequentem a escola regular, e esta deve se fazer apta a recebê-las. Mas o que acontece quando a primeira língua dos alunos não for o português? A questão se complica. Os surdos têm como primeira língua aquela com a qual se sentem mais à vontade, e que os ajuda a expressar melhor ideias e sentimentos: a língua de sinais brasileira. A inclusão dos alunos Surdos nas escolas regulares da rede pública de educação deve ser vista como um novo paradigma. As marcas de domínio de uma língua sobre a outra devem ser eliminadas, a partir do momento em que TODOS os envolvidos nesse processo tenham consciência do RESPEITO ÀS DIFERENÇAS, principalmente as linguísticas, buscando através de um trabalho conjunto entre profissionais Surdos e ouvintes, uma prática com novas atitudes e novas concepções sobre EDUCAR e INCLUIR.

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  4. Douglas e Robledo concordo com as reflexões feitas por vocês, a proposta da inclusão é algo que deve ser levado muito a sério e quem se dúvida exige muito comprometimento de todas as pessoas envolvidas, patrtindo do poder público e se estendendo a todas as pessoas que atuam nas escola.
    Por exemplo, em uma escola com aluno surdo não basta a professora ter conhecimentos de Libras, as demais pessoas que atuam nos diferentes segmentos da escola, como biblioteca, secretria, refeitório, necessitam de conhecimentos mínimo para os alunos surdos se comunicarem.
    Mas precisamos pensar que é necessário possibilitar a essas pessoas a formação necessária, e sabemos que em muitas cidades isso não é proporcionado.

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    1. Com certeza, em muitas cidades isso não é proporcionado.
      Porém o ensino a distância, pode ser um grande facilitador ao acesso a informação...
      temos por base o nosso próprio curso, que nos possibilita o ensino, mesmo estando distante das universidades.

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  5. Boa tarde,
    Sou a tutora a distância de Libras – Rubia.
    Parabéns pela realização da pesquisa.
    As diferentes realidades encontradas ao longo do país no que diz respeito a educação de surdos nos inquietam.
    Sua reflexão Douglas sobre o ensino a distância é muito pertinente.
    Como vocês pensam que este suporte, e formação continuada poderiam ser feitos com estes professores de escolas em cidades distantes dos grandes centros, em relação ao atendimento ao aluno surdo? Será que apenas este suporte daria conta das demandas cotidianas?
    Abraços

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    1. Olá Professora Rubia.
      Acredito que a formação a distância contribui como um suporte muito bom para os professores que necessitam de conhecimentos que vem se renovando a cada ano, e muitos pela distância não teriam condições de se especializar, a formação continuada é muito importante para o professor.
      A

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